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Capítulo 03 – Um Vigarista Engarrafado

  • Foto do escritor: daniel
    daniel
  • 11 de fev. de 2024
  • 11 min de leitura

Atualizado: 26 de set. de 2024


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Decidi que esta primeira distribuição de pontos seria equilibrada, uma vez que minha luta anterior havia me deixado claro os meus pontos fracos. Aumentei minha Agilidade para reduzir minha dificuldade de acertar os gigantes, mas muito ágeis roedores. Aumentei minha Vitalidade, pois, se minha inteligência hackeada me provinha um aumento de mana, os pontos gastos em vitalidade me proporcionariam a chance de estender um pouco mais a luta ou mesmo fugir caso sofresse um golpe crítico. Além da garantia de não mais faltar força para perfurar e recuperar minhas facas, eu também aumentei meus pontos em força.

 

Segui com a estratégia de atrair meus inimigos e consegui avançar pelos esgotos. Agora, eu já lidava com grupos de 5 ratos com certa facilidade. Porém, estava cada vez mais difícil subir de nível, e desde que atingi o nível quatro, eu já não encontrava os Ratos Gigantes com a mesma facilidade. Era hora de mudar de área, mas para isso, seria preciso enfrentar uma outra criatura que eu vinha evitando até então: um Cubo Gelatinoso.

 

O Cubo Gelatinoso tomava a forma de um imenso cubo de gosma, de cores variantes, mas normalmente semitransparente. Geralmente, possui os restos das coisas que devorou em seu interior. Encontrá-lo foi acidental, uma virada errada em um corredor estreito, e lá estava ele, deslizando lentamente em minha direção, absorvendo tudo em seu caminho.

 

Rapidamente percebi que ataques diretos seriam inúteis. O cubo parecia absorver ou dissolver qualquer coisa que entrasse em contato com ele. Lembrei-me de ter visto um dreno de água grande o suficiente para um homem passar, um pouco mais atrás no túnel. Se eu pudesse atraí-lo até lá...

 

Usando pedaços de ossos para chamar sua atenção, conduzi o cubo numa perseguição cuidadosa. Cada movimento meu era calculado para mantê-lo interessado, mas sem me aproximar demais. Finalmente, chegamos ao dreno. Com um salto ágil, saltei sobre o cubo, provocando-o a seguir minha trajetória e, sem perceber, cair dentro do dreno.

 

A criatura lutou para se liberar, mas a passagem era estreita demais.

[Você subiu de nível!]

 

— Status!

 

★★★

✧ Você tem 6 pontos de Habilidade✧

 

Força: 10 > 13

Agilidade: 10 > 13

Sentidos: 1 [bloqueado]

Inteligência: 1 [x200]

Vitalidade: 7

★★★

 

[Você atingiu o nível mínimo para a escolha de classe!]

 

[Listando classes compatíveis com o cenário atual]

 

 ✧ Escolha uma classe disponível  

 

✧ Guerreiro: Guerreiros são combatentes versáteis, excelentes em combate corpo a corpo e com habilidade para usar quase todos os tipos de armas e armaduras. Eles têm alta resistência e são capazes de absorver muito dano, protegendo aliados mais vulneráveis. Os guerreiros são capazes de infligir grandes quantidades de dano, incluindo dano magico utilizando armas. Eles podem especializar-se em armas de duas mãos para maximizar o dano ou usar armas e escudos para um equilíbrio entre ataque e defesa. 

 

✧ Mago: Magos são usuários de magia que se especializam em lançar feitiços de grande alcance e poder. Magos são especialistas em infligir dano mágico de longo alcance. Eles podem lançar poderosos feitiços de área que afetam múltiplos inimigos ou concentrar seu poder em um único alvo para infligir danos devastadores. 

 

✧ Assassino: Especialistas em furtividade, roubo, desarme de armadilhas, e ataques surpresa. São conhecidos por sua agilidade, habilidades de esquiva e ataques críticos. são mestres do dano furtivo e ataques críticos. Eles são capazes de se aproximar silenciosamente de seus inimigos e realizar ataques surpresa que frequentemente resultam em danos amplificados, especialmente quando atingem pontos vitais. ✧

 

 

✧ Bárbaro [bloqueado]: Combatentes brutais que ganham vantagem através de sua fúria incontrolável, proporcionando-lhes força e resistência sobrenaturais. Eles frequentemente atuam como linha de frente em batalhas, atraindo a atenção dos inimigos para si. Em estado de fúria são capazes de aguentar muitos golpes enquanto desferem ataques poderosos.

 

✧ Paladino [bloqueado]: Guerreiros sagrados que combinam as habilidades de combate com os poderes divinos. Eles têm habilidades tanto de luta quanto de cura, além de poderes para combater o mal e proteger os inocentes. Eles têm alta capacidade de regeneração e alta resistência sendo capazes de absorver muito dano, protegendo aliados mais vulneráveis. 

 

 Clérigo [bloqueado] Clérigos são guerreiros divinos que servem como mediadores entre o mundo mortal e o divino. Eles combinam habilidades de combate com magia divina, especializando-se em magias de cura, proteção e, em alguns casos, magias ofensivas ligadas a seus deuses. Clérigos são essenciais para a sobrevivência do grupo, fornecendo cura e bênçãos, além de serem capazes de enfrentar o mal sobrenatural com seu poder sagrado.


 Ranger [bloqueado]: Os Rangers são guerreiros da natureza, mestres do rastreamento, sobrevivência e combate à distância, particularmente com arcos. Apesar de hábeis em combate corpo a corpo, mas sua verdadeira força reside em sua capacidade de lutar enquanto mantêm distância ou utilizam o terreno a seu favor.

 Bárbaro [bloqueado]: Combatentes brutais que ganham vantagem através de sua fúria incontrolável, proporcionando-lhes força e resistência sobrenaturais. Eles são resistentes e capazes de suportar muitos danos, além de infligir grandes quantidades de dano físico.


— Só três classes disponíveis!?

Meu esqueleto interior revirou-se em uma mistura de desapontamento e curiosidade. Três opções, cada uma oferecendo um caminho distinto. A escolha era crucial, quase como decidir qual faculdade cursar, mas com a adição de poderes mágicos e a possibilidade real de morte. "Bem, já estou morto, então... que venha a magia!"

Escolhi Mago sem hesitar. Sempre tive uma queda por capas e a ideia de lançar feitiços soava exatamente como o tipo de poder que um esqueleto ressuscitado deveria ter. Além disso, quem poderia resistir à chance de gritar "Expelliarmus" e realmente fazer algo acontecer? Mesmo que "Expelliarmus" não estivesse exatamente no meu repertório... ainda.

 

[Sistema de Progressão de Classe: Mago]

 Parabéns, Aventureiro! Você alcançou o Nível 5 e escolheu a nobre e poderosa classe de Mago. Com essa escolha, você agora se encontra em um caminho de aprendizado e domínio das artes arcanas, preparado para desvendar os mistérios que permeiam o tecido da realidade e moldar as forças elementais a seu favor.

 

[Ponto de Magia]

 Como Mago, a cada 5 níveis que você avançar, receberá 1 Ponto de Magia. Este ponto representa seu crescimento e proficiência nas artes mágicas, permitindo-lhe aprofundar seu conhecimento e poder sobre os diversos Caminhos da Magia.

 

[Caminhos da Magia]

 Os Caminhos da Magia são as diversas facetas do poder arcano, cada uma representando um domínio elemental ou conceitual que você pode escolher explorar. Eles são classificados em Caminhos Principais e Caminhos Divinos. Os Caminhos Principais incluem: Terra, Água, Fogo, Ar, Luz, e Trevas. Já os Caminhos Divinos, acessíveis apenas aos mais versados e poderosos magos, são: Vácuo e Éter.

Para começar, você deve alocar seus Pontos de Magia em um ou mais dos Caminhos Principais. Alocar um ponto em qualquer Caminho Principal indica que você possui Focus 1 nesse caminho, permitindo-lhe acessar magias básicas relacionadas a ele. Quanto mais pontos você investir em um Caminho, maior seu Focus, e mais poderosas e complexas magias você será capaz de conjurar.

 

[Caminhos Divinos]

 Acesso exclusivo aos Caminhos Divinos Vácuo e Éter é concedido somente aos magos que alcançaram um nível de mestria excepcional, com Focus 10 em pelo menos um dos Caminhos Principais. Estes caminhos representam o ápice do poder mágico, com magias que podem alterar a essência da realidade e invocar forças além da compreensão mortal.

 

[Caminhos Secundários]

✧ Adicionalmente, ao combinar seu conhecimento em Caminhos Principais, você pode desbloquear Caminhos Secundários, como Magma (Terra + Fogo), Gelo (Água + Ar), entre outros. Estes caminhos oferecem magias únicas que são fusões dos elementos básicos, abrindo novas possibilidades e estratégias para você explorar. ✧


Enquanto o Sistema detalhava minuciosamente os caminhos da magia e os intrincados sistemas de pontos, não pude deixar de suspirar e murmurar para mim mesmo, "Parece que até a magia tem sua própria burocracia. Quem diria que precisaria de um diploma só para jogar uma bola de fogo?" O pensamento de passar por um processo mais complicado do que preencher a declaração do imposto de renda só para lançar algumas magias definitivamente adicionou um novo nível de "aventura" à minha jornada.

 



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Ao atribuir meu primeiro ponto em Fogo, as lembranças do que li em um velho tomo sobre magia rúnica invadiram minha mente. "A magia Rúnica básica podia ser usada para criar amuletos e fortalecer equipamentos, enquanto o nível avançado do conhecimento rúnico permitia convocar espíritos e lançar feitiços desenhando runas com as mãos nuas no ar." Com um lampejo de inspiração, estendi a mão, esperando conjurar uma imponente bola de fogo, apenas para ser abruptamente interrompido por uma notificação do Sistema:


[Falha na conjuração da magia 'Bola de Fogo' – Focus insuficiente.]

 

Houve um momento de frustração, seguido por uma epifania. Se a grandeza estava além do meu alcance por ora, então eu me contentaria com algo mais modesto. Concentrei-me, ajustando minha ambição à realidade de meu poder atual, e assim nasceu a magia "Labareda".


Com um gesto, liberei um jato contínuo de chamas, um lança-chamas arcano que dançava à minha vontade. Embora seu alcance e devastação fossem modestos em comparação à grandiosidade de uma bola de fogo, a "Labareda" tinha seu charme – um fogo persistente que poderia ser sustentado enquanto minha mana permitisse.


[Magia 'Labareda' criada com sucesso]

Um raio de fogo que pode ser sustentado por mana.


Bem, não é exatamente o espetáculo pirotécnico que eu esperava, refleti, mas pelo menos vou economizar em isqueiros.

 

Com o cubo preso, aproveitei para explorar a área que ele guardava, encontrando entre os muitos livros uma garrafa peculiar. Dentro, uma figura minúscula agitava-se freneticamente. Era um gnomo de expressão astuta e olhar calculista.

 

— Finalmente! Um idio... aventureiro! — exclamou ele, assim que percebeu minha presença. — Agora, liberte-me e eu te concederei três desejos!


Foi ai que me aproximei e então seus olhos se arregalaram ao finalmente me examinar melhor, percebendo que eu não era um humano, mas um esqueleto.


— Por todos os barris sagrados...você é um... um esqueleto!? — gaguejou, a voz oscilando entre o horror e a curiosidade. Ele recuou um pouco, como se pudesse fazê-lo dentro da limitação da garrafa.


Sem poder responder verbalmente, dei de ombros e acenei com as mãos, tentando transmitir uma expressão de 'sim, e daí?'. Minha tentativa de mímica parecia mais cômica do que eu pretendia, dada minha atual forma óssea.


O Gnomo observou atentamente, depois, com uma expressão de entendimento, ele relaxou.

— Ah, vejo que você não é um monstro comum... inteligente, hein? — Ele riu nervosamente, claramente tentando se adaptar à situação inesperada.

— Bem, isso não muda as coisas...  


Desconfiado, inspecionei a garrafa mais de perto, notando inscrições antigas, que talvez somente eu pudesse ler, devido minha proficiência com runas. As inscrições alertavam sobre a verdadeira natureza da entidade aprisionada: um vigarista.

 

— Você realmente acha que eu acreditaria nisso? — questionei, embora soubesse que ele não podia me ouvir.

 

A expressão do Gnomo mudou, surpreso por eu não ter caído em seu golpe. Após alguns momentos de silêncio, ele suspirou.

 

— Está bem, você me pegou. Mas, por favor, me liberte! Prometo ser útil!

 

Movido pela curiosidade e pela possibilidade de um aliado, decidi libertá-lo, quebrando o selo da garrafa. Gobe foi liberado em um turbilhão de luz e imediatamente começou a saltitar ao meu redor, visivelmente aliviado.

 

— Uau, você realmente me libertou mesmo sabendo que eu estava tentando te enganar. Isso... isso significa muito. Sou Gobe, ao seu serviço! — Ele expressou sua gratidão, que parecia sincera, contrastando fortemente com sua tentativa inicial de decepção.

 

Naquele momento, uma notificação inesperada surgiu diante dos meus olhos, surpreendendo-me com sua aparição repentina:

 

[Aviso do sistema: Um novo membro foi adicionado ao grupo.]

 

Parei abruptamente, franzindo a testa - ou pelo menos teria franzido, se tivesse músculos para fazê-lo. Um novo membro no grupo? Como isso era possível se, até onde sabia, "grupo" era um conceito que não havia sido formalmente estabelecido? Foi então que notei uma nova opção no menu do sistema que nunca tinha visto antes:

 

[Criar sala de bate-papo com os membros do grupo.]

 

Movido pela curiosidade, ativei a função, imaginando como seria essa comunicação.

— Isso será possível? Me questionei até ser interrompido...


— Você... você está na minha cabeça? — O Gnomo exclamou, olhando ao redor, claramente confuso com a súbita voz interna que agora podia ouvir.

— Como você fez isso? Estamos... nos comunicando sem falar? — O Gnomo, claramente confuso, tentava entender essa nova forma de interação.

 

— Parece que posso criar uma sala de bate... Já ouviu falar de telepatia? ou algo similar? — Expliquei, ainda me adaptando à estranheza da situação.


— Bem, seja lá como isso funciona, vai ser extremamente útil!

Gobe, ainda ajustando-se à estranha sensação de comunicação mental, começou a contar sua história com um ar de remorso misturado a uma pitada de zombaria.

 

— Há séculos atrás, eu era um guia para um grupo de aventureiros em busca de um livro mágico raro. Naquela época, meu ponto fraco pela bebida me colocou em situações complicadas mais vezes do que posso contar. Uma dessas vezes, acabei omitindo um pequeno detalhe sobre um exército de esqueletos mortos-vivos que guardava o livro. — Ele fez uma pausa dramática, um sorrisinho surgindo em seu rosto. — Mas, veja bem, não é culpa minha se esse livro não existe. Eu não invento as lendas... pelo menos, não as que que não falam as sobre mim.

 

— Quando o grupo descobriu, sentiram-se enganados por acharem que eu poderia me encolher e fugir sem eles e em sua fúria, prenderam-me dentro desta garrafa. — Fui pego desprevenido enquanto aproveitava esse delicioso licor.

 

Eu não pude deixar de rir, uma risada seca que mais parecia o tilintar de ossos ao vento. "Pego por um licor, hein? Acho que todos temos nossas fraquezas."

 

— Prometi a mim mesmo ser mais honesto se alguém me libertasse um dia... E aqui estamos. — O sorriso de Gobe era um misto de sinceridade e malícia, um lembrete de sua natureza de vigarista do bem.

 

"Promessas de um gnomo preso em uma garrafa por séculos... isso promete ser interessante," murmurei para mim mesmo, ainda cético, mas intrigado.

 

— Minhas habilidades podem não ser das mais impressionantes, mas sou versado nas magias do elemento Ar, e posso me tornar tão pequeno quanto necessário para caber em espaços apertados... ou voltar ao meu tamanho normal, que, admito, ainda é um pouco mais baixo do que um anão. — Ele piscou, claramente divertido com sua própria descrição.

 

"Útil," concedi mentalmente, pensando nas possibilidades que sua magia e habilidades únicas poderiam abrir para nós.

 

— E tenho isso! — Gobe revelou uma moeda de prata mágica, lançando-a no ar antes de ela desaparecer em um flash e reaparecer em sua bolsa. — Ela volta para mim depois de ser gasta. Bastante útil, não acha? Para alguém com minha... inclinação para problemas e um talento especial para não pagar as contas.

 

"Definitivamente, um vigarista" pensei, impressionado com a habilidade peculiar, mas também divertido pela sua franqueza incomum.

 

— Então, o que me diz? Pronto para dar uma chance a este gnomo reabilitado e ver até onde podemos chegar juntos? — Seu tom era brincalhão, mas havia uma verdadeira curiosidade por trás de sua pergunta, um teste para ver se seria aceito apesar de suas falhas, ainda tentando vender sua utilidade com um charme que só um malandro poderia ter.

 

— Uma chance, hein? Bem, já que estamos nisso... Eu ponderava, o esqueleto que sou ponderando a perspectiva de ter um gnomo vigarista como aliado.

— Vamos ver até onde essa estranha parceria pode nos levar, Gobe. Mas lembre-se, nenhuma trapaça... — Pausei, segurando a garrafa que ele tão desesperadamente queria escapar, agora cintilando com um brilho mágico recém adquirido.

— E só para ficarmos claros, eu guardo esta garrafa — que, por sinal, descobri que possui propriedades mágicas muito interessantes para prender gnomo espertinhos. Então, vamos manter essa nossa parceria no caminho reto, ou você pode acabar de volta onde começou, mas desta vez, por uma eternidade. — O tom era leve, mas a ameaça implícita era cristalina, um lembrete de que, apesar de minha forma esquelética, eu não estava sem recursos ou vontade de usá-los.

 

Após um breve momento, Gobe, agora menos perplexo e mais curioso, perguntou:

— E como devo chamá-lo?

Houve uma pausa.

— Eu... não me lembro do meu nome. Acordei aqui, sem memórias de antes.

 

Após ouvir minha estória Gobe pensou por um instante antes de decidir:

— Vou te chamar de Thasjo. Você acordou entre esqueletos, e "Thas" me lembra a palavra para "osso" em um idioma antigo que conheço. "Jo", bem, é só porque soa bem. Thasjo, o esqueleto que caminha e fala com a mente!

 

Apesar de tudo, o nome me pareceu adequado. Thasjo era tão bom quanto qualquer outro nome, especialmente considerando minha situação atual de esqueleto sem passado, em busca de identidade neste vasto e desconhecido mundo.



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